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Brecha na lei da cidade de Cebu permite que o plástico prospere

Jul 01, 2023

A proibição do uso de sacolas plásticas em determinados dias da semana fez com que as empresas mudassem para sacolas de papel biodegradáveis, conforme pretendido, mas outros varejistas continuam a usar sacolas plásticas devido a uma “brecha” na lei.

Assim, a Portaria Municipal 2343, também conhecida como “Portaria Sem Plástico aos Sábados da Cidade de Cebu”, precisa ser alterada para garantir que suas disposições sejam claras e possam ser efetivamente aplicadas, disse o oficial do Escritório de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Cidade de Cebu (CCENRO). O encarregado Arlie Gesta disse ao SunStar Cebu na sexta-feira, 4 de agosto de 2023.

No entanto, o vereador de Cebu, Nestor Archival, opinou que não iria a favor de uma proibição total do uso de plástico, embora isso reduzisse a quantidade de dinheiro que a cidade gasta na eliminação de resíduos.

Segundo a Gesta, a portaria proíbe apenas o uso de sacolas plásticas para embalagens, também conhecidas como sacolas transparentes com alças.

A seção 4 (d) da CO 2343 define sacola de compras de plástico como qualquer sacola de transporte ou sacola perfurada feita de polietileno com espessura variando de 7 a 25 micrômetros.

“Tecnicamente, os plásticos sem alças não poderiam ser abrangidos pela portaria”, disse ele em Cebuano.

Gesta explicou que esta especificação foi considerada uma brecha explorada pelas micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) para evitar o cumprimento da portaria.

Ele disse que permite que as MPME contornem suas disposições usando outros tipos de sacolas plásticas.

“Eles fazem disso o motivo para usar outros tipos de sacolas plásticas porque sabem que serão apreendidos ou multados”, explicou Gesta.

Ele argumentou que a maioria das MPMEs, incluindo lojas de sari-sari, carinderias, lojas de suprimentos agrícolas e veterinários e padarias, utilizam sacos plásticos enrolados para suas transações comerciais, que não são mencionados na portaria.

A Portaria Municipal 2.343, alterada em 2020, agora proíbe o uso e a venda de sacolas plásticas três dias por semana: quartas, sextas e sábados.

Taxa de conformidade

Gesta disse que os grandes estabelecimentos comerciais estão mais em conformidade com a portaria do que as MPME, já que 90 por cento dos grandes estabelecimentos comerciais estão em conformidade, enquanto o número é de apenas 60 por cento para as MPME.

Gesta disse que com base na sua observação realmente houve uma melhoria no que diz respeito ao cumprimento da portaria em relação aos anos anteriores.

“Ao contrário de antes, apenas alguns estabelecimentos utilizavam sacos de papel. Agora, mais da metade os usa”, disse ele.

Ele disse que a melhoria foi impulsionada pelo órgão fiscalizador que implementou rigorosamente a portaria.

Segundo a CCENRO, o total de apreensões nos primeiros seis meses deste ano por violação da portaria foi de 244, contra 183 no mesmo período de 2022.

O número total de apreensões em todo o ano de 2022 foi de 380, ante 162 em 2021.

Campanha de informação

Gesta disse que a CCENRO realiza uma vez por ano uma Campanha de Informação, Educação e Comunicação, onde representantes de todos os estabelecimentos se reúnem para receber orientações sobre o uso de sacolas plásticas e seu impacto no meio ambiente.

Ele também disse que eles envolvem todos os barangay e delegam particulares, grupos, organizações não governamentais e outras partes interessadas para ajudar na aplicação do decreto.

“É um desperdício continuarmos informando e educando, mas não há fiscalização”, explicou.

Banimento completo

O vereador de Cebu, Nestor Archival, disse ao SunStar Cebu na última quarta-feira, 2 de agosto, que a proibição total do uso de plástico durante uma semana inteira não é viável devido à falta de alternativas disponíveis.

Ele sugeriu que a proibição do uso do plástico fosse implementada apenas em dias específicos para não prejudicar produtores e consumidores.

“O importante é que haja uma mudança gradual em termos de utilização de plásticos, à medida que os produtores e consumidores sentem que é para lá que vamos”, disse Archival em Cebuano.

Considerações

Segundo Archival, a primeira consideração ao proibir o plástico é que o plástico é um subproduto do petróleo, que é tóxico, portanto seu subproduto também apresenta certa toxicidade. Não é bom para a saúde humana.